quinta-feira, 22 de julho de 2010

Como tudo começou...


Eu não queria começar à contar a minha história com o pai do meu bebê ainda, porque eu acho que as histórias tem que ter começo, meio e fim.
Nossa história nem tinha começado direito quando ficamos grávidos.
E agora tão pouco chegou perto do meio, e está bem longe do final.

Mas enfim...

Foi há, mais ou menos, dois anos quando eu o vi pela primeira vez, e definitivamente não foi amor à primeira vista. Aliás, foi raiva à primeira vista.

Minha tolerância com clientes grosseiros e antipáticos é zero. E o Pablo era um desses clientes. Quando eu o atendi pela primeira vez, desejei que nunca mais voltasse. Mas ele voltou, e depois voltou novamente, e mais uma vez e a cada vez que ele retornava, ele retornava um bocado menos grosseiro, menos antipático, menos mal-humorado.
Mas um dia ele voltou, e eu não estava mais lá.
Às vezes eu comentava alguma coisa sobre ele no meu novo emprego. Comentava sobre como ele era bonito e sobre a sua mudança de modos no decorrer do tempo e sobre como eu começava a sentir falta dele, de vez em quando.
O que eu não sabia, era que naquele dia em que ele foi ao salão e eu não estava, ele não aceitaria ser atendido por outra pessoa. E que ele viria me procurar.
E quando ele veio, para minha surpresa, ele não só foi menos antipático, como foi propositadamente gentil.
Conversamos amenidades. Descobri, que ao invés de argentino, ele era chileno. Que ao invés de viver numa caverna, ele morava num apartamento. Que ao invés de arrastar as mulheres pelo cabelo, como eu imagiva, ele era extremamente cavalheiro. E que ao invés de desejar que ele não voltasse nunca mais, eu desejaria que ele nunca mais fosse embora.

...

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Paris é uma festa


Hoje eu assisti um filme sobre uma história de amor em Paris... Meio lugar-comum, mas grávidas choram até em comercial de margarina, então... Achei lindo!!

Mas o fato é: agora todos os possíveis planos que eu poderia ter para os próximos 5 anos estão temporariamente congelados. Viagens, trabalhos, ou até uma saída ao restaurante, vai exigir um planejamento especial depois que o bebê nascer.

Eu tento não dar ouvidos ao que as pessoas dizem a esse respeito, porque elas me apavoram.
Já é desafiador o bastante decidir trazer uma pessoa ao mundo.
Por favor, poupem as grávidas de notícias do tipo:

Você não terá tempo pra fazer mais NADA na sua vida.
Você vai gastar todo o seu dinheiro e um pouco mais com o bebê.
Você vai ficar 1 ano sem comprar uma peça de roupa, sem usar maquiagem, sem ler um livro inteiro.
Você nunca mais vai dormir.
...

Por favor, não façam isso com a gente!
Precisamos acreditar que existe vida após a maternidade!
Já estamos apavoradas tentando nos preparar para sermos super mães.
Não diga, que nunca mais seremos super amantes, super profissionais, super magras*, super viajadas, super elegantes... super mulheres!

Eu acredito que antes de sermos super mães, somos todas super mulheres!
E Paris nos espera! ;)

domingo, 4 de julho de 2010

Ótima!


Eu estou naquela fase em que o corpo já não é mais o mesmo.
Mas a barriga que é bom, quase não dá pra ver! É uma fase estranha...

Sexta-feira passada eu marquei de ir ao teatro.
Cansada de ficar em casa depois de tanto tempo entre camas de hospitais e a minha própria, eu queria sair um pouco. Desbaratinar.

Que bom seria, se eu tivesse uma roupa que me coubesse. Uma calça jeans, foi o que me restou.
Calça da qual já vai trabalhar no meu lugar, de tanto que eu uso.
Eu só queria colocar uma roupa diferente, poxa vida! Tantas no armário, nenhuma caía direito no corpo mais, não como antes.

Comecei tranquila experimentando uma peça, outra peça com aquela mesma peça, depois desistia das duas pegava uma outra peça, tentava uma combinação inusitada, não dava certo, desistia, tentava de novo de outro jeito, nada de novo, quando de repente uma saia, que eu comprei num tamanho maior e nunca mandei ajustar entrou, ufa! Uma regata, um blazer e pronto!

Pronto, ficou horroroso.
Em cima da cama a roupa tava linda. Foi só vestir pra ficar uma m...
O pior é que foi a única coisa que serviu, eu já estava atrasada para o trabalho.
Então, vamô embora. Fui o caminho o inteiro tentando conter o choro.
A auto-estima depois do chão. De dar dó.

Chegando no salão, uma amiga vem na minha direção: Nossa, você tá linda!
Pra quê! Abri a boca na hora. Chorei igual criança.

O pessoal do salão fez um mutirão. Escova, maquiagem, manicure...

No final do dia, minha querida amiga (eu me recuso a dizer o nome) que iria ao teatro comigo, furou. E eu não poderia ir embora pra casa depois de todo aquela produção.
Fui sozinha mesmo e foi ótimo! A peça era ótima, o clima estava ótimo, a av. Paulista também ótima, enfim tava tudo ótimo! (rs!)

Mas ótimo mesmo foi no final de semana, quando fui até uma loja de roupas para gestante e fiz umas comprinhas para mim e para minha auto-estima.
Foi ótimo pras duas! ;)