domingo, 3 de novembro de 2013

I want to break free


Falar de mim é fácil. Quero ver ser eu.
Essa máxima é batida, mas cabe muito bem.
É fácil me ver na piscina e dizer que minha vida é moleza.
Mas a rapadura é doce e também não é mole.
Desculpe o velho ditado, mas também cabe bem.

O que ninguém vê é que às 6h da manhã eu já estava de rodo e vassoura na mão.
E esse foi só o Primeiro Round.
Antes de dar 11h eu já troquei o jornal do cachorro,
passei o aspirador na casa,
o desinfetante,
arrumei as camas,
tirei as roupas do varal,
lavei + 2 máquinas de roupa suja,
levei o lixo lá embaixo,
lavei uma pilha de louça,
preparei o café da manhã,
lavei a louça do café,
arrumei o Mathias,
deixei ele na piscina com o tio.

Segundo Round.
Tirei as roupas do varal,
fui na farmácia, na padaria, no açougue,
preparei uns espetinhos,
fiz o churrasco,
postei a foto do churrasco no Facebook, (rs!)
levei na piscina pro Mathias almoçar,
subi, dei um banho e coloquei pra dormir.
Agora às 20h, eu ainda tenho toda a louça do churrasco pra lavar...

E terça-feira, quando eu estiver na piscina, com certeza alguém vai dizer: Ê, vidão...

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Tic Tic Nervoso ♬♬


Ser Dalai Lama é fácil. Quero ver ser mãe do Mathias.

Eu bem que tento. Não surtar. Mais cedo eu coloquei Krishna Das (cantos indianos de devoção) no ITunes e como há muito tempo não fazia, eu meditei. E foi muito bom. Tinha me esquecido como era bom.
Mas 4 horas depois: "MA - THI - AAAAAAS !!!!!!!" De novo.
Esses terrible twos estão difíceis de atravessar, viu?!
Eu tento não surtar quando ele enche a boca de suco, cospe na vó dele e sai dando risada. Eu tento não enlouquecer quando ele insiste em não engolir a comida durante 30 minutos. Eu tento, eu tento, eu tento. Mas não consigo. Eu sei que o adulto, no caso, sou eu. E que a inteligência emocional, no caso, depende de mim. Mas não consigo. Eu surto.
Segundo Dr. Patel em Silver Linings Playbook, o paciente (no caso, a mãe) precisa criar uma estratégia para não surtar. Estou trabalhando nisso, a meditação faz parte desse processo. Já tentei outras coisas que não deram certo, mas vamos em frente.

Enquanto isso, Mathias segue aprontando, eu sigo surtando, e quando me perguntam o que eu faço para educar meu filho, eu respondo bem Rubem Alves: "Eu não o educo, eu vivo com ele!"

domingo, 12 de maio de 2013

Pra você também!


Dia das Mães é todo dia.
O mundo não vai parar porque é Dia das Mães.
Pelo menos não o meu.
Meu filho não vai deixar de acordar 6h da manhã porque é Dia das Mães.
O cachorro não vai deixar de sujar o jornal.
A louça não vai deixar de acumular.
O piso não vai deixar de juntar poeira.
O lixo não vai andar sozinho até o depósito.
A vizinha inconveniente não vai deixar de amolar.
O estômago não vai deixar de roncar.
A cabeça não vai parar de doer.
Minha mãe não vai deixar de me solicitar.
E a rotina, com todos os seus desajustes, não vai deixar de acontecer.

Mas que porra de dia é esse?
O dia de trocar a roupa de cama é bem mais divertido.

sábado, 4 de maio de 2013

Quando perdi você por um instante.


...
Foi quando perdi tudo o que me foi entregue sob responsabilidade. Tudo o que não volta. O que não conserta, não cola, não recupera.

Foi quando senti o aperto no peito mais forte da vida inteira. Daqueles que se aumentar vira infarto.

Foi quando vi o tempo parar para nós. Só para nós. Porque ele, o tempo, parou com seus afazeres somente para me repreender com seu silêncio.

Foi quando expirei todo o ar que havia nos pulmões. Porque o meu corpo me punindo, eliminou toda a vida que existia em mim.

Foi quando te abracei tão forte e tão demorado. Porque eu sabia que no final desse abraço seu olhar nunca mais seria o mesmo.

Foi quando eu redescobri a fé. Porque Ele sempre esteve aqui. Esperando.

Foi quando olhei nos seus olhos e troquei de lugar. Porque eu preciso de você muito mais do que você jamais vai precisar de mim.

Foi quando realizei que você me escolheu. Porque existe razão para tudo o que foi vivido. Mas não existe desculpa para nada do que foi feito.

E o que resta é uma linha infinita e um horizonte embaçado.
...

terça-feira, 23 de abril de 2013

Mamãe passou arnica em mim!



A primeira vez que seu filho amassa o dedo na porta você: Dá um grito de terror, perde a força nas pernas, se recupera, leva pro hospital, chora no caminho, se recupera, faz radiografia, imagina o menino sem dedo na escola sofrendo bullying, chora, compra toda a farmácia em analgésicos e faz todas as vontades dele durante muito tempo.
A segunda vez que seu filho amassa o dedo na porta você: Passa arnica.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Vaidoso, eu?


Pensa numa pessoa que faz questão de lavar as mãos, escovar os dentes, passar desodorante e (pasmem!) passar perfume antes de deitar pra dormir: Essa pessoa se chama Mathias. (Eita, mas é muito privilégio dormir ao lado desse homem cheiroso desse jeito!)

sexta-feira, 15 de março de 2013

Palavra


E eis que surge a primeira palavra!
E pelo atraso e expectativa gerada tinha que ser: Mãe!
Na verdade foi: Mãaaaaaaaae! Correndo na minha direção e finalizando com um abraço nas pernas, daqueles que a gente fica com saudades pra sempre.
Foi como se eu ouvisse a voz dele pela primeira vez naquele momento.
Apesar de ouvir nitidamente a palavra pronunciada, não esbocei nenhuma reação.
Foram 5 segundos de incredulidade, até que a vó deu um grito: Ele falou mãe, não falou?
Então eu fui fisgada de volta pro mundo e disse: Você ouviu também?
Foi uma comemoração embargada.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

2 anos


Parabéns Mathias!
Terremoto mais lindo da mamãe!
O dia 3 de Janeiro será pra sempre o mais especial da minha vida por causa de você, meu pixirico!