domingo, 14 de novembro de 2010

Com vida


O fim nunca é bom, se fosse bom seria o começo!

Ouvi isso num filme que já não lembro mais o nome, mas achei a mais simples das verdades.
Bem simples.
O que não é nada simples é sobreviver ao final do filme.
E o meu já não é de hoje que anda anunciando o tal do 'the end'.
Eu é que estava distraída demais com os diálogos incríveis, com os belos cenários e com os atores super charmosos, que acabei não prestando muita atenção no incontestável.
Dizem que história boa tem que ser boa até o final, que muitas vezes deve ser surpreendente.
Mas pensa bem.
O surpreendente só é bom no filme dos outros.
Porque no seu, você quer o trivial, o clássico, o esperado, o 'happy end'.
E quando não é assim que acontece, não tem pra quem reclamar.
Você continua ali sentada, até o término dos créditos, até o acender das luzes, até o levantar das pessoas, até você se convencer de que a vida continua, e que vai muito além daquelas quatro paredes e um projetor.

É muito comum pequenas histórias se transformarem em grandes películas.
Mas esse notório curta-metragem se transformou em longa de uma forma muito peculiar.
Sem aclamações de público e crítica. Pendurado no cordão do acaso. Com vida própria.
Com vida, convida.