sábado, 28 de abril de 2012

Ah, as avós...


Ah, as avós...Tão queridas! Tão solícitas! Tão, tão solícitas!
Sempre prontas e com uma dica 'incrível' na ponta da língua!
Irritantemente dispostas a não te deixar esquecer, que de 'ser mães' elas entendem tudo!
Sua experiências maternantes são insuperáveis!

Aqui em casa, ouço coisas do tipo:
-Com os 'meus filhos' eu fiz assim!
De quais filhos ela está falando? Existem outros? Em outra vida, quem sabe?
Às vezes eu preciso lembrá-la de que eu também estava lá. Por acaso.

Mas, eu reconheço, que elas tem mesmo ótimas ideias!
 -Vou cozinhar um macarrão com molho vermelho pro Mathias.
 -Tenho uma ideia melhor. Por que você não faz um macarrãozinho com um molhinho vermelho pra ele?
 -Oi???

segunda-feira, 23 de abril de 2012

A regra de 3


O eterno dilema das mães ao redor do mundo inteiro desde os primórdios: Meu filho não come!
Aqui, eu resolvi o meu problema com a regra de 3. 
Eu digo o meu problema, porque a criança não tem problema nenhum. A criança está ótima. Saudável e cheia de energia. A mãe é que está bem louca elaborando planos mirabolantes para empurrar 'só mais uma colherada' pela goela do coitado.

Depois de muita reclamação, bronca, mágoa (sim, eu fico magoada se ele não come o que eu faço), eu decidi largar essa vida.
Estipulei 3 regras básicas que resumem tudo o que eu posso fazer a respeito disso:
1°. Que os alimentos sejam frescos.
2°. Que a refeição seja saborosa.
3°. Que seja oferecida nos horários corretos.
Ponto.

Sempre que eu estou perdendo a paciência na hora do lanche, enlouquecida tentando imaginar o que cozinhar ou assistindo o Mathias tirar a comida da boca e esfregar na mesa, eu respiro fundo... e repito a regra de 3. 
Três vezes.
Tem funcionado...

domingo, 22 de abril de 2012

- Não!


-Mathias, não mexe aí!
-Mathias, não coloca o dedo daí! 
-Mathias, não saia daqui!
Ufa! Haja paciência...

Percebi dia desses que, aqui em casa, existem dois tipos de não.  E consequentemente, uma reação diferente pra cada um deles. 

O primeiro não é aquele repetido centenas de vezes durante o dia. É o não mais comum. Aquele não meio cansado, meio de saco cheio. 
-Não mexe, não pega, não entra, não sobe, não tira, não não não não...
Esse não o Mathias nem ouve mais. Virou um tipo de mantra. Naaauuuummmmmmm. Não resolve mer... nenhuma.

O segundo não é mais raro. É um não curto e enérgico! É aquele não do dedo na tomada, da faca na pia, da panela quente no fogão, da janela sem proteção... É um não gritado. Aquele que, se a criança não morrer de choque, a mãe mata de susto. 
- nÃÃo!
Ah, esse não é o privilegiado pela obediência. O reverenciado, o grandioso. É o não do perigo.

E não adianta tentar imitar pra ver se dá jeito, porque não funciona. Tem que ser genuíno. Tem que vir do diafragma. Se não, esquece amiga!