-Mathias, não mexe aí!
-Mathias, não coloca o dedo daí!
-Mathias, não saia daqui!
Ufa! Haja paciência...
Percebi dia desses que, aqui em casa, existem dois tipos de não. E consequentemente, uma reação diferente pra cada um deles.
O primeiro não é aquele repetido centenas de vezes durante o dia. É o não mais comum. Aquele não meio cansado, meio de saco cheio.
-Não mexe, não pega, não entra, não sobe, não tira, não não não não...
Esse não o Mathias nem ouve mais. Virou um tipo de mantra. Naaauuuummmmmmm. Não resolve mer... nenhuma.
O segundo não é mais raro. É um não curto e enérgico! É aquele não do dedo na tomada, da faca na pia, da panela quente no fogão, da janela sem proteção... É um não gritado. Aquele que, se a criança não morrer de choque, a mãe mata de susto.
- nÃÃo!
Ah, esse não é o privilegiado pela obediência. O reverenciado, o grandioso. É o não do perigo.
E não adianta tentar imitar pra ver se dá jeito, porque não funciona. Tem que ser genuíno. Tem que vir do diafragma. Se não, esquece amiga!
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